Vamos juntos?


Todas as experiências querem nos conduzir ao “Divino” em nós.
Cristo anunciou: __ “Meu reino não é desse mundo”! Podemos estar no mundo e não pertencer a ele, carcereiros e prisioneiros das ilusões.

Os iludidos se tornam joguetes indefesos da inevitável alternância dos opostos... Vivem na dualidade das experiências, pois sentem, vêem, seguram (por algum tempo) compram, vendem, exploram... Agora rindo, depois em pranto, ora claro, ora escuro... Tomam o aparente e perene como real. Padecem pelas coisas, pessoas e situações transitórias e com elas gozam procurando possuí-las e, nesta luta, tentando gozar cada vez mais e sempre, possuir mais e sempre!

Não podemos nos alienar do mundo, mas também não podemos nos alienar de Deus.

A proposta realista é: favoreça o mundo, mas ao mundo não se deixe prender. Travemos a batalha, mas na condição de dês-iludidos. A ação nos pertence, mas os frutos da nossa ação devem ser uma oferenda a Deus!

Então é Natal... E a melhor festa está em estender as mãos, estar em Paz e no querer bem... E agora, está pronto para esse convite?

Vamos juntos optar pelo caminho-estreito e enfrentar as fadigas, asperezas e as possíveis quedas do trajeto?

Vamos juntos, renunciar a maciez e ao conforto da imobilidade?

Vamos juntos encetar a libertadora ascese (Sâdhana) e, assim, avançar destemidos para o preenchimento do vazio?

Vamos juntos, acreditar em nossa infinita perfectibilidade e tratar de realizá-la?

Vamos juntos, despertar do sonho que nos paralisa na fragilidade e na morbidez?

Vamos juntos, libertar-nos da miragem que o falso gozar vem mantendo como devaneio para nossos olhos?

Vamos juntos, cortar as amarras e deixar o porto que nos propicia frágeis seguranças e, assim, lançar-nos na inebriante aventura do grande mar?

Vamos juntos, renunciar ao mundo das penumbras, e, assim, nos deslumbrar?

Vamos juntos, derrubar os altos muros e aterrar os largos fossos que falsamente nos tem protegido?

Vamos juntos, superar o mero crer em nossos recursos e forças, estratégias e processos, para confiar plena e irrestritamente em Deus?

Vamos juntos, des-identificar-nos, para venturosamente nos libertarmos no infinito, dentro e fora de nós?

Vamos juntos, abandonar todo o sentido de posse, de autoria, de status, e, assim, aliviados e desimpedidos, avançar muito mais?
Vamos juntos, transcender a dor e também o prazer?

Vamos juntos, encontrar as riquezas nos despojamentos e vida no morrer?
Vamos juntos, encontrar a solução para todos os enigmas e a harmonia de todas as antíteses?
Vamos juntos, aprender a equanimidade e a humildação?
Tomara que, juntos não vacilemos, nem duvidemos, nem deixemos para depois.
Infinitude e plenitude nos esperam.

VAMOS?
JUNTOS?



DEUS É!

Baseado no texto "VAMOS JUNTOS" do livro: Vivendo em Deus (José Hermógenes)

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"Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto."Rubem Alves

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