Não...não tenho medo de me perder porque quando me perco posso me achar! Não...não tenho medo de ser caótica porque é do caótico que me recrio...que me reinvento...que me encontro nos espaços novos em que a minha alma se expande cada vez mais! Não tenho medo de me perder quando sei que esse é o lugar que foge ao meu controle para me tornar mais viva...mais presente...mais "EU"! Só assim sou menos razão...mais coração...menos competição...mais compaixão... Só assim sou mais fluidez... mais natural, mais espontânea e então me permito sair de uma zona de pseudo-conforto... pseudo-segurança, que é pura ilusão de ganho, de poder, de proteção e de conhecimento da realidade e consigo me entregar para um universo que é feminino...obscuro..caótico...criativo...intuitivo, sensível... "ALMA"! Ali eu me sinto com as raízes fincadas na mãe terra... na existência, num útero aonde a vulnerabilidade se transforma em humanidade...compaixão...amor, numa consciência de plenitude e de poder que quer se expandir para todos! Não...não tenho medo de me perder porque quando eu mergulho em águas profundas e ultrapasso as turbulentas cristas rasas das marés desperto a minha chama interior e sou capaz de criar vínculos mais afetivos, mais íntimos, mais verdadeiros...comigo e com todos! Não...não tenho medo de me perder pois agora já sei voltar pra casa... sei aonde e como me respirar e me centrar na quietude do reencontro comigo mesma quando me volto para a fonte da unidade do "SER"! Sei ser um viajante que pode caminhar e se entregar à jornada, sabendo me desapegar dos resultados! Sei me curvar ao grande esplendor da vida, sem medo do vazio, da solidão e da morte, podendo estar presente no "aqui" e "agora" celebrando cada vez mais, com tudo e com todos, o que vem a ser verdadeiramente o que sou e quem somos: NIRVANA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
"Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto."Rubem Alves