MEDITAÇÃO




Não seja um robô, qualquer forma de meditar está certa desde que o você seja o anfitrião, "OBSERVADOR"...
FALE UMA LINGUA ESTRANHA, DANCE, PULE, CANTE, RECITE UM MANTRA .. foda-se...  foda-se... foda-se... ... ... ... .. .. .. .  .  .  .  .    .    .    .   .      .      .       .         .         .              .           .

 E CADA VEZ MAIS ESSES  INTERVALOS DE  SILÊNCIO   

Seja a sua própria luz!


O Mestre é o dedo que aponta...é O perfume...é a luz...é a fragância. O dedo que aponta a lua. Perceber ou não a sua beleza não faz a menor diferença se você não olha na direção do que está sendo apontado. Continua imitando o que? Seja a sua própria luz!
 Namastê!

QUEM É VOCÊ

 
"Quando a mente estiver emaranhada no velho vicio, dê-lhe uma "chupeta". A pergunta "Quem é você?" deve ser a sua melhor amiga. Mesmo num momento de turbulência, se você já se deu conta de quem você é, não só pode perguntar para si mesmo, como pode receber as ofertas feitas para que você desperte.

Por mais que tudo pareça perdido, quando você sabe quem você é, num mínimo instante, tudo desaparece. Tenha isso claro, e será iluminador."

Satyaprem

MEDITAÇÃO - NÃO FAZER



O que você está dizendo é que meditação = auto-observação? É isto? Outra coisa, como ensinar alguém a meditar?


Sim, no entanto, meditação enquanto método, que pode ser ensinado/aprendido, é preparação para auto-observação. Prepara o terreno. Existem métodos para isso, Osho deixou vários. No entanto meditação não é aprendida, é um desaprender daquilo que a sociedade te ensinou. Quanto mais vago
disso, mais meditação. Isso pode também ser visto como a presença da observação na vida de alguém. A Consciência da observação. Um pós-método... O terreno preparado. Preparado para quê? Para a possibilidade do sumiço do fazedor! Vulgo iluminação.

Satyaprem

Os sensíveis



"Que os sensíveis sejam também protegidos.
Que sejam protegidos todos os que vêem muito além das aparências.
Todos os que ouvem bem pra lá de qualquer palavra.
Todos os que bordam maciez no tecido áspero do cotidiano. Todos os que propagam a bondade.
Todos os que amam sem coração com cerca de arame farpado.
Que sejam protegidos todos os poetas de olhar e de alma, tanto faz se dizem poesia com letras, gestos, silêncios ou outro jeito de fala.
Que sejam protegidos não por serem especiais, que toda vida é preciosa, mas porque são luzeiros, vez ou outra um bocadinho cansados, no escuro assustado e apertado do casulo desse mundo."

Ana Jacomo

VIAGEM DENTRO DE TI ...



Faltam-te pés para viajar?

Viaja dentro de ti mesmo,

E reflete, como a mina de rubis,

Os raios de sol para fora de ti.


A viagem conduzirá a teu ser,

transmutará teu pó em ouro puro. 
 
Rumi

CONTOS ZEN




Para ler, refletir e guardar, três belas histórias do livro “Zen Shorts”, de Jon J. Muth.

“A Sorte do Fazendeiro”. Era uma vez um velho fazendeiro que já trabalhava arduamente havia muito anos. Um dia, seu cavalo fugiu. Ao ouvir a notícia, seus vizinhos foram visitá-lo. “Quanta má sorte”, eles disseram. “Talvez”, respondeu o fazendeiro.

Na manhã seguinte, o cavalo retornou, trazendo com ele dois outros cavalos selvagens. “Quanta boa sorte!”, exclamaram os vizinhos. “Talvez”, respondeu o fazendeiro.

No dia que se seguiu, o filho do fazendeiro tentou montar um dos cavalos indomados, foi jogado e quebrou sua perna. Novamente, os vizinhos vieram oferecer sua simpatia após o infortúnio. “Quanta má sorte”, eles disseram. “Talvez”, respondeu o fazendeio.

No outro dia, oficiais militares chegaram à vila para levar os jovens para o exército, para lutarem em uma Guerra. Ao ver a perna quebrada do filho do fazendeiro, eles passaram reto. “Quanta boa sorte”, gritaram os vizinhos. “Talvez”, disse o fazendeiro.

“Um grande peso”. Dois monges andarilhos chegaram a uma cidade onde uma jovem mulher estava esperando para descer de sua liteira. As chuvas causaram poças profundas e ela não podia passar por elas sem estragar seu robe de seda. Ela ficou por alí, olhando para o outro lado, de maneira muito impaciente. Ela reclamava para seus servos, mas eles não tinham onde deixar os pacotes da patroa, então eles não tinham como ajudá-la a passar pelas poças.

O monge mais jovem percebeu a mulher, mas não disse nada e seguiu adiante. O monge mais velho a pegou rapidamente, colocou-a em suas costas e a transportou para o outro lado, onde a deixou. Ela não agradeceu o monge mais velho, ela apenas o tirou de seu caminho e seguiu adiante.

Enquanto eles seguiam adiante, o monge mais novo meditava, preocupado. Depois de várias horas de silêncio, ele finalmente falou. “Aquela mulher lá atrás foi muito egoísta e rude, mas ainda assim você a carregou em suas costas! Depois, ela nem agradeceu você!” “Eu descarreguei aquela mulher lá atrás há várias horas”, o monge mais velho respondeu e continuou. “Por que, então, você ainda a está carregando?”

“Tio Ry e a Lua”. Meu tio Ry morava sozinho em uma casa nas Colinas. Ele não possuia muitas coisas e levava uma vida simples. Uma noite, ele descobriu que tinha um visitante. Um ladrão havia invaido sua casa e estava vasculhando entre os poucos pertences de meu tio.

O ladrão não percebeu tio Ry e quando meu tio disse ‘Olá’, o assaltante ficou tão surpreso que quase caiu. Meu tio sorriu e apertou as mãos do ladrão. “Seja bem-vindo! Seja bem-vindo! Que bom que você veio me visitar!”. O assaltante abriu a boca para falar, mas não conseguia pensar em nada para dizer.

E porque Ry nunca deixa ninguém sair de mãos vazias, ele procurou em sua pequena cabana algo para presentear o ladrão, mas não encontrou nada. O assaltante tentava escapar, indo em direção à porta. Finalmente, tio Ry soube o que fazer. Ele tirou seu único roupão, que já estava velho e remendado. “Aqui. Por favor, leve isso”.

O ladrão pensou que meu tio estava louco. Ele pegou o roupão, correu para a porta e escapou pela noite. Meu tio sentou e olhou para a lua, seu brilho prateado espalhado pelas montanhas, tornando tudo quieto e bonito. “Pobre homem”, lamentou meu tio. “Tudo o que eu tinha para dar a ele foi meu roupão remendado. Se eu pelo menos pudesse ter dado a ele esta lua maravilhosa.”

TO BE OR NOT TO BE


Penso, logo desisto!

O MONGE E A VACA



 
Um monge e seu discípulo seguiam caminho pela montanha, em direção a um mosteiro onde permaneceriam por um ano. Com a aproximação da noite, procuraram um lugar onde pudessem pernoitar. Logo adiante avistaram uma casinha i
solada, simples e rústica, onde morava uma família muito pobre. O monge pediu à família um quarto onde pudessem dormir e seguir viagem na manhã seguinte.
O dono da casa, muito solícito, ofereceu um pequeno quarto disponível, mas se desculpou por não ter cama nem nenhum tipo de conforto. Era apenas um chão forrado de palha. O monge disse que só aquilo já estava ótimo. Na manhã seguinte foram tomar o desjejum. À mesa havia apenas um pouco de leite, queijo e um mingau ralo. Novamente o dono casa se desculpou por não poder oferecer uma refeição melhor e o monge respondeu dizendo que, para eles, aquilo era um banquete. Enquanto comiam, o monge perguntou ao dono da casa:
– Neste lugar não há sinais de comércio ou trabalho. De onde vocês tiram seu sustento?
O dono da casa respondeu:
– Ah, temos aqui atrás da casa uma vaquinha milagrosa. Ela nos dá muito leite todos os dias e, com isso, conseguimos fazer queijo, coalhada e mingau. E dessa forma vamos sobrevivendo.
O monge agradeceu a hospitalidade e, junto com o discípulo, seguiram viagem. Haviam andado poucos metros quando o monge parou, deu meia-volta, contornou a casa e soltou a vaquinha do pasto. Levou-a até o precipício e, então, atirou o animal lá de cima. O discípulo, espantado e revoltado com o mestre, exclamou que ele havia acabado com a única fonte de sustento da família que os hospedaram tão gentilmente. O mestre não disse mais nada e, em silêncio, rumaram para o mosteiro.
Passado um ano, o monge e seu discípulo resolveram retornar à cidade e, para isso, teriam que percorrer o mesmo caminho por onde vieram. Descendo as encostas da montanha e com a noite se aproximando, resolveram procurar um lugar para passar a noite. Foram, então, em direção à casinha rústica da família que os hospedara antes. Chegando lá, viram que o lugar estava diferente. A casa da qual lembravam não existia mais. No lugar, um belo casarão, bem pintado e decorado despontava na paisagem, juntamente com diversas carroças e um agradável jardim.
Chamaram pelo dono da casa e este os veio receber. Era o mesmo homem de antes, porém estava mais bem nutrido, feliz e suas roupas não eram os trapos de antes. Acolheu os monges com um largo sorriso e ofereceu-lhes um quarto que, desta vez, era maior, mobiliado e com duas camas confortáveis. Pela manhã, no café, serviram suco, frutas, pães, queijos, ovos e outras guloseimas. Enquanto comiam, o monge perguntou ao dono da casa:
– Neste lugar não há sinais de comércio ou trabalho. De onde vocês tiram todo seu sustento?
O dono da casa respondeu:
– Ah, ocorreu uma tragédia conosco há um ano. Nossa vaquinha leiteira, única fonte de sustento da família, se soltou do pasto e caiu no precipício. Entramos em grande aflição e nos vimos obrigados a procurar outras formas de nos manter. Assim, aprendemos a plantar e cultivar diversas frutas e hortaliças, começamos a fazer produtos próprios e comercializá-los lá na cidade. Assim, graças à perda da nossa vaquinha, hoje temos uma vida muito melhor do que antes.
E você, tem alguma "vaquinha" te limitando?

O cordeiro que não era cordeiro





O monge visitara o povoado e voltava com um cordeiro nas costas, pelo caminho pedregoso. Era um animal escolhido com rigor para o sacrifício e, como tal, sagrado. Era assim que raciocinava o monge, mas três espertallhões das redondezas viram no cordeiro apenas um bom almoço gratuito. Estudaram um plano e ocuparam três lugares na estrada que ia subindo, subindo, ficando cada vez mais íngreme e difícil.
Quando o monge passava, o primeiro espertalhão indagou:
- Bom dia, monge! Como foi que o seu cachorrinho se machucou?
O monge, ainda preso na satisfação do bom negócio que havia feito, respondeu:
- Qual cachorro?
- Ora, esse que está em suas costas.
- Isso não é um cão, mas um cordeiro para o sacrifício.
- Que nada! Está na cara que é um cachorro. Acho que o monge entende de rezas, mas não de carneiros e cachorros.
- Isso é um cordeiro, já disse!
- Ora, deixe de ser orgulhoso e presunçoso, seu monge. Seu papel é manter a felicidade do mundo, por meio de orações. Cabe aos humanos mortais cuidar dos animais.
O monge não ligou, sacudiu os ombros e seguiu adiante. Logo mais, um pouco cansado pela estrada que somente subia e subia, encontrou o segundo gatuno que foi logo interpelando:
- Nossa, monge, que cachorrinho mais bonito. Se quiser, podemos fazer negócio, pois esse animal poderá ter um grande futuro como pai de muitas ninhadas.
O monge ficou intrigado. Disse que era um cordeiro, mas não convenceu o pilantra. Então, colocou o animal no chão, examinou, analisou a lã, cutucou para ver o animal fizesse mééé-mééé, ao invés de au-au-au, mas nada aconteceu. O larápio insistiu:
- Quando chegar ao convento, esse esperto animal irá correr atrás de gatos e, então, seus olhos se abrirão para a verdade da vida. Nem tudo é o que nós pensamos, pois a verdade está sempre muito bem escondida. Acho que o ilustrado monge comprou um gato por lebre, só isso.




O monge, já meio aborrecido, colocou o animal nos ombros e prosseguiu a jornada, com o espírito meio vacilante, pois – de fato – o mundo é cheio de armadilhas.
Perto da curva rochosa, surge o terceiro impostor, apostando no cansaço do monge:
- Nossa, bom monge, que lindo cãozinho você está carregando nessa montanha tão difícil. Por que não o solta para ele ir caminhando atrás, como todo bom cachorro?
O monge triscou os dentes, pois tantas coincidências já eram demais e respondeu meio raivoso:
- Isso não é um cachorro; não é mesmo! Isso é um cordeiro.
- Tá bom, tá bom, não precisa se aborrecer. Aquilo também não é uma montanha; isso aqui não é uma estrada cheia de pedras e buracos; o que escorre em seu rosto não é suor e, com certeza, os outros monges também vão acreditar que isso aí é outro bicho e não um cachorrinho.
Novamente, o monge, já meio cansado, colocou o animal no chão, olhou, olhou, apalpou, tinha certeza que era um cordeiro, mas o ladrão esperto arrematou:
- Ora, monge, antes de chegar ao convento, tire as dúvidas com mais gente. Lembre-se que a deusa Maya prega a ilusão o tempo todo para testar nossos sentidos. A gente pensa que está no certo e está no errado. Afinal, uma pessoa pode errar; duas já é difícil e três é quase impossível. Pergunte para três pessoas e todas dirão que isso aí é um belo cachorrinho. O monge ficou cismado, pois já havia encontrado três pessoas e todas haviam dito que estava levando um cão e não um cordeiro.
O monge, já estafado pela árdua subida, escutou a tacada final:
- É tão bom saber que os monges estudam os textos sagrados, deixando para nós, mortais comuns, a tarefa de lidar com ovelhas, cabras, vacas e tudo o mais. Cada coisa em seu lugar: a santidade no convento e o mundo das coisas de pequeno valor aqui do lado de fora.
O monge compreendeu, então, que tudo fora uma ilusão e que ele deveria se fixar apenas no mundo das coisas santas, deixando as coisas profanas para as pessoas comuns. Colocou as mãos sobre o cordeiro, fez uma oração, agradecendo o tempo que passaram juntos pela vida e, depois, voltou alegremente para o convento.
Os três ladrões pegaram o cordeiro que, no dia seguinte, serviu para um saboroso almoço.

Moral: uma mentira, se repetida muitas vezes, com convicção, pode ser transformada em verdade, pelos espertalhões, enganando as pessoas simples.

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